Casaca
O “Centro de Estudos de Raspadores”, instituição do estado de São Paulo, nos diz que a casaca é a variação capixaba do reco-reco, instrumento musical percusivo encontrado em várias partes do mundo, sendo que somente no estado do Espírito Santo a casaca obtém cabeça de forma humana.
Instrumento peculiar das Bandas de Congo, recebe outras denominações conforme o lugar, tais como: Cassaca, Canzaca, Ganzá, Carcaxá, Reque-reque e Reco-reco. Ao tocador dá-se o nome Guerreiro de tocador de Reco-reco ou Reco-conguista, Cazaqueiro, Conguista e Folgador.
O diferencial da Casaca é a cabeça, os congueiro exculpem uma cabeça de forma humana no topo do instrumento, deixando o pescoço como local para segurá-la.
“Esses instrumentos de percussão, são conhecidos como diáfanos, por possuírem a sonoridade própria do material com o qual foram fabricados, através de atrito ou fricção”.
Os velhos congueiros afirmam que, quem era esculpido na casaca era alguém odiado pelo grupo, como capitães do mato e maus senhores.
Isto era uma forma de satirizar essas pessoas, costume este introduzido pelos escravos afro-brasileiro.
O instrumento tem tradição ao ser fabricado, pois ele é confeccionado com uma madeira de alagadiços, chamado tagibubuia que hoje está em extinção.
Tute é considerado um defensor ecológico, faz por preservar a já escassa madeira, ele vem fabricando uma nova versão do instrumento, utilizando canos de PVC, ao invés da madeira nativa. Sem perder a qualidade estética e a sonorização original, além disso, a uniformidade proporcionada pelo formato cilíndrico dos tubos, dá regularidade às belas figuras de Caboclos e Negros Velhos. E está sendo adotada por diversos congueiro. Hoje Tute tem seu trabalho reconhecido pelas bandas de Congo que utilizam seu instrumento, que também decoram salas e lares de ilustres personalidades no Brasil e no exterior.
Tambor
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